Há uma diferença abissal entre discurso político e vivência popular. Jerônimo Rodrigues é daqueles que não fingem ser povo — ele é povo. E é justamente por isso que seus inimigos o temem. Quando usa expressões fortes, é porque vem da alma nordestina, sertaneja, de quem aprendeu a nomear o mundo com imagens potentes. A frase que tentaram usar contra ele jamais foi dirigida a indivíduos, mas ao bolsonarismo como estrutura tóxica que ainda assombra o país com intolerância e opressão.
A tentativa de transformar uma metáfora em ameaça diz muito mais sobre quem acusa do que sobre o acusado. O governador da Bahia é um homem de fé, acostumado a caminhar por terreiros e igrejas, acolher os oprimidos e ouvir os que não têm voz. Sua política não é feita de números frios, mas de gente real. Sua fala sobre enterrar ideias mortas é uma convocação ao amor, à empatia, ao fim do ciclo de desumanidade que se instalou.
O que deveria escandalizar o Brasil não são as palavras de Jerônimo, mas sim a distorção delas por quem lucra com o caos. O que está em jogo não é apenas uma frase, mas o direito de um líder popular se expressar com a liberdade que o povo tem nas feiras, nas missas e nos terreiros. A tentativa de criminalizá-lo é um ataque direto à linguagem popular, à resistência cultural e à liberdade de expressão.
Jerônimo segue firme, com a serenidade de quem sabe o que carrega. Ele não se curva ao medo, não recua diante da mentira. Governar com o coração aberto é arriscado em tempos de ódio — mas ele o faz. E por isso será lembrado não apenas como governador, mas como símbolo de uma Bahia que não se rende.
